terça-feira, junho 17, 2008

Um humanista é capaz de ver além da simples aritmética

Estou colocando estas palavras escritas pelo jornalista Hélio Fernandes para que não sejam esquecidos, mas lembrados, acontecimentos que já vivemos. Hoje, pessoas que lutaram para destruir o povo brasileiro estão juntas de outros que estão se construindo ao tempo que põem em segundo ou terceiro plano a criação permanente do Brasil. Crescer economicamente é crescer economicamente, criar escolas apenas com o objetivo de garantir funcionamento de indústrias não é humanismo, e maquinismo. Fazer simplesmente crescer a BVF e a Bolsa Família não fazer crescer a consciência das pessoas. Como disse, algum tempo passado um poeta “a gente não quer só comida”

“Na ditadura, processava jornalistas na polícia, mandava dar surras em homens como Oliveira Bastos, era o dono de tudo. Hoje é o "queridinho" da mídia.
Pouco antes da explosão da maldição do AI-5, já se sabia que o regime endurecera. Desde 1965/66 (1964 só vale pela tomada do Poder, quase sem objetivo ditatorial) se travava dura luta entre os que queriam mais ditadura e um grupo sensato, que achava que o regime autoritário não deveria nem poderia durar muito. Por mais surpreendente que possa parecer, Costa e Silva tentava conter os mais exaltados.
Um civil e um militar estavam entre os que consideravam que as coisas estavam muito "doces e suportáveis". Eram o major Passarinho e o ministro da Fazenda, Delfim Netto. No momento, só este me interessa.
Hoje tido e havido como "democrata", leiam e relembrem a ameaça de Delfim contra jornais e jornalistas, genérico, sem explicitação. (Isso em 1967, 1968 e seguintes).
Textual: "O governo vai processar os jornais que vêm alarmando o País com boatos infundados sobre aumento do dólar".
E a seguir: "Não podemos tolerar esses abusos, tomaremos medidas enérgicas para acabar com esses boatos, recorreremos até a processo policial". Não falou em processo judicial ou jornalístico. E está aí, prestigiado, depois de 3 vezes ministro da ditadura. Um autêntico democrata. » (Tribuna da Imprensa, RJ, 16 de julho 2008)

Precisamos de técnicos, mas será bem mais interessante se eles forem humanistas de verdade, comprometidos com valores maiores que os de suas contas bancárias.

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