segunda-feira, dezembro 10, 2007

Nossa Senhora da Saúde ou cpmf

Tendo passado o dia 8 de dezembro, após as festas dedicadas à Maria, mãe de Jesus – nas mais diversas denominações -, ou à Iemanjá, a mãe das Águas, é tempo de pensar que este dia, o 10 e dezembro é dedicado aos palhaços. Uma profissão que carrega um monte de significados, uma porção de imagens e milhares de desejos. Entretanto, esse personagem que nos faz rir enquanto chora, tem sido utilizado para significar o povo brasileiro. Talvez porque ele faça rir os seus governantes enquanto chora. É verdade que nem todos choram e que alguns choram menos. Neste último caso estão os milhões que vivem, não do seu trabalho, mas das bolsas distribuídas pelos governos e, agora, tornadas política de Estado, uma vez que essas bolsas fizeram aumentar o número de consumidores e consumidoras, para alegria dos primeiros, os que não choram. Não choram os banqueiros que jamais pensaram que teriam tanto lucro com um ex-operário à frente do governo distribuindo migalhas aos pobres enquanto eles conseguem os maiores lucros do mundo bancário.

Talvez precisemos de muito tempo para que parte da população venha a começar a compreender o que está se passando no Brasil. Não é de hoje que vem se apostando em pequenas ações na área de educação, o que provoca esta situação vexatória: as pessoas não conseguem entender o que lêem e nem conseguem ver o que enxergam: as luzes e os sons impedem que a realidade seja conhecida. Tudo parece que é, embora nada ainda tenha acontecido. Acontece o grande engodo. A CPMF foi criada para que fosse integralmente aplicada na saúde, e os governos a tem utilizado para distribuir migalhas em todas as direções; e ainda diz que pode aumentar o percentual da CPMF para a saúde, caso ela seja prorrogada. Ninguém percebe que o governo está dizendo: nunca cumprimos a obrigação de aplicar a CPMF na saúde e precisamos que vocês nos permitam a continuar iludindo os que desejam se iludir.

Que Nossa Senhora da Saúde nos livre dos descaminhos da CPMF; que Nossa Senhora da Ajuda mantenha todas as bolsas cheias, não apenas as dos banqueiros; que São Luiz do Caetés diminua aa imprecações contra aqueles que não são seus devotos.

No mais, a primeira dama do Brasil, por via das dúvidas, pediu cidadania italiana para seus filhos. Nunca se sabe o que pode acontecer depois. Veja-se a situação da ex-primeira dama Collor de Mello.

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