quinta-feira, agosto 23, 2007

Entre a moral e a carne de frango

O mês de agosto aproxima-se do fim e então assistimos apossibilidade de o Supremo Tribunal decidir abri processo contra os artífices do que ficou conhecido como "mensalão".
Resumo apressado pode dizer que este "mensalão" foi uma ação perpetrada por um grupo de pessoas, algumas que haviam ganho a confiança dos brasileiros durante a luta contra a ditadura e a construção do Partido dos Trabalhadores, sobre os cofres públicos e a consciência política nacional. Assistimos a revelação de uma série de condutas imorais, ilegais, objetivando, mais a mantenção do poder que benefícios ao povo que havia confiado neles. O Brasil viu que os defensores da moralidade eram, eles mesmos, useiros das práticas que condenavam. Vimos o presidente da república apequenar-se e dizer que "caixa dois" é normal. O presidente, em conseqüência, dizia que roubar e mentir é normal.
Vimos diretores de empresas estatais receberem propinas para favorecer interesses de seus correlegionários; ficamos sabendo de tantas práticas ilegais sendo justificadas em nome de permanecer n poder, que hoje tem gente achando que quem é honesto e não tira vantagens nos cargos que ocupa é besta.
Esse julgamento não condenará ninguém. Apenas pode dar permissão para que os envolvidos no "mensalão" sejam julgados. Caso a o Supremo, atendendo as argumentações dos advogados de defesa, decida que não há indícios que permitam levar esses aloprados ao banco de réus, então haverá um condenado: o Brasil estará condenado a ser o que sempre disse que não é: uma fazenda onde medra a malícia, a desonestidade, a impunidade, tudo que permite que 70% de sua população fique feliz por estar ficando bêbada e comendo frango.

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