domingo, julho 22, 2007

Diz a lenda que a poesia nos acompanha

Na noite de 21 deste julho ocorreu mais um momento de regozijo de pessoas que se consideram amigos e, desde os tempos de adolescência se comunicam, às vezes não seguidadmente. Por iniciativa de Rosa e seu marido, Alves, é que a festa foi realizada. Penso que aproveitaram o aniversário de sua filha, o lançamento de um livro de poesia coletivamente criado por primos, para colocar juntos duas gerações, ou três.
O encontro ocorreu na casa de Orlando e Rilda, que receberam Antonio e Cristina, ele foi presidente do Conselho de Moradores de Nova Descoberta que vieram com filhos e netos; Sonia e Ninha Orange; Nita; Walter; Zefinha - que também foi presidente do Conselho de Moradores e trouxe sua filha, o genro e a neta; Carlos Brito e suas irmãs Walda e Kátia, esta trazendo a sua filha. Eu também estava lá. E havia muitas pessoas amigas dos filhos, tanto de Orlando quanto de Alves. O que de comum unia a todos é que fomos jovens em Nova Descoberta e tínhamos atividades na comunidade. E, cada um ao seu modo, continua comprometido com a comunidade.
A maioria de nós participava inicialmente ao movimento de jovens ligado à Igreja Católica e, em decorrência da maneira que então encarávamos a religião, foi natural que houvesse a inserção no movimento social - Conselho de Moradores - gerado pela Operação Esperança. Éramos Jovens e acreditávamos que iríamos mudar o mundo.
Nessa caminhada tivemos a companhia de muitos que não estavam na festa. Dois desses foram muito lembrados, especialmente por Walter que trouxe dois grandes quadros com o rosto de Carlos Ezequiel, que foi um dos que nos incentivava para o cultiva das artes da poesia, do teatro do canto; o outro foi Antonio Bezerra, que auxiliou-nos a abrir a mente para as mudanças que ocorriam ao nosso redor, politicamente nos explicava o mundo.
Aproveitando a motivação poética dos nossos filhos, pois diz a lenda que somos um tanto coruja, Rosa, Alves, Carlos Brito e a aniversariante, recitaram Operário em Construção, de Vinícius de Moraes, um dos poemas que discutíamos nos tempos difíceis da ditadura. Foi emociante, pois esse poema me levou, com as palavras de Rosa, ao tempo em que eu recitava-o na íntegra, e teve um dia especial na casa de Bezerra, uma celebração do dia do trabalhador. (não comemorávamos o dia do trabalho, mas o do trabalhador).
A noite, embora de nostalgia, nos a vimos como de celebração do futuro, pois ao mesmo tempo que lembrávamos o nosso tgempo de jovens, com os filhos havia a sensação de continuamos a criar o futuro.
foi uma bela noite.

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