quinta-feira, junho 07, 2007

Negócios de fsmílis e o público

Todos temos famílias e cada um sofre os benefícios e os malefícios que essa instituição nos traz. Na maioria dos casos, os problemas familiares ficam no âmbito da própria família, às vezes extravasando para a "família larga" ou para os vizinhos mais próximos. Em cada família os pecadilhos aparecem e são, em grande número, absorvidos. O problema pode surgir quando a família, por razões de interesse político, torna-se mais pública que desejaria.
Lembremos, por exemplo, o caso do irmão do presidente estadunidense Jimmy Carter. Ele, um pastor, um homem dedicado á Igreja e aos negócios da sociedade, e da Comissão Trilateral, não poucas vezes foi atormentado pelo irmão bêbado, que algumas vezes quiz utilizar-se do "cargo" de irmão do presidente para não ser preso. Mas não funcionou. Negócios do Estado não se misturam com negócios de família.
O mesmo aconteceu com as filhas do atual presidente dos Estados Unidos da América, paradas em alguma delagacia por estarem dirigindo embriagadas (o que era um costume que o pai superou), apesar de serem descendentes do homem ocupante do cargo mais poderoso do planeta. Tem também os ricos que não escapam das normas criadas para todos os cidadãos e não apenas para os que vivem na planície do poder; sabemos que atualmente a herdeira de uma das maiores redes de hotéis do mundo, presa nos próximos 23 dias,- e sem celular. Esse privilégio de preso com celular só no Brasil, pois os que criam as leis sabem que um dia podem precisar do celular.
Muita gente está surpresa porque o irmão do presidente Lula está sendo investigado e, agora indiciado por estar abusando do "cargo" de irmão do presidente. A surpresa é compreensível, pois filhos de prefeitos/as não podem, essa é tradição, ser acusados nesse país e, jamais criminosos de colarinho devem utilizar as algemas. É que em terra de analfabetos, diplomas universitários são títulos de nobreza e o exercício de cargos públicos transformam mortais em habitantes do Monte Olimpo. Vejam o comportamento indecoroso dos senadores da República acobertando, ou seja, colocando "debaixo dos panos" as peripécias do sobrevivente da " collorida república das Alagoas". Esse cobertor a quantos acoberta, acobertou e acobertará?
Pode ser que esse incidente com o Vavá Inácio, que já havia sido admoestado - não julgado - pelo irmão algum tempo atrás, nos encaminhe para uma sociedade realmente republicana, como dizia o assessor jurídico de Palocci e doblê de ministro da Justiça.

Nenhum comentário: