segunda-feira, junho 04, 2007

As festas dos amores

Estamos no início do mês de junho, que significa um período de muitas festas em comemoração a dois santos católicos que, de alguma forma, coincidem com certas tradições de religiões ligadas à fertilidade.
Santo Antonio, às vezes conhecido como de Pádua - por ter sido professor na universidade alí criada no século XIII,(mas niguém quer saber do filósofo e doutor em filosofia e teologia); às vezes é de Lisboa, para lembrar a terra de seu nascimento. Durante alguns séculos Antonio, que ra um frade franciscano, foi soldado protetor do litoral pernambucano. Mas Antonio terminou por ser responsabilizado pelo casamento de muitas moças. Casamento que leva à fertilidade, à família e aos filhos.
São João: esse é lembrado por ter consigo um carneiro, um menino, um pequeno pastor, louvado na noite mais fria do ano, na noite de fogueiras acesas, de juras de amor e de muitas danças. As pessoas nao festejam o João que batiza a Jesus, o homem sério que enfrenta o rei Herodes. Não. Aqui, nesse mês, se celebra a criança, o começo da vida.
A celebração é do nascimento de um menino que anuncia o nascimento de outro e que coincide com a colheita do milho. É a celebração da fartura da vida.
Tudo isso é uma festa dos tempos em que a agricultura era a principal atividade econômica da nossa soceidade, e havia uma relação mais direta com as forças da natureza. Hoje, as pessoas não conseguem fazer essa ligação com o mundo que gerou as festas. Mas elas continuam a festejar o amor, a amizade, o calor, a vida, tudo em torno da fogueira. As fogueiras eram acesas para espantar os animais e para juntar as pessoas. Em torno da fogueira se contava a vida, se celebrava a vida. Ainda hoje, com outras aproximações, mas sempre, em torno o calor da fogueira, as danças anunciam o amor.

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