terça-feira, dezembro 19, 2006

Semana difícil

Parece que ainda terei muito a caminhar, pensar e amar para entender o que se passa ao meu lado e, mesmo, da minha participação em tudo o que está em volta. Nesta semana, como em todas, os acontecimento parecem se atropelar: todos querendo chegar em primeiro, cada um pretendendo tomar toda a minha a atenção.
Pesquisas mostram que a população, desde a eleição de outubro, aumentou a confiança em Luiz Inácio Lula da silva, aprova seu governo, ao mesmo tempo em que são apresentadas imagens que confirmam que a "operação tapa-buraco" foi realizada para ganhar a eleição, e que mais uma vez foi rebaixa a expectativa de crescimento econômico do país; nesta mesma semana ocorreu a definição dos novos salários dos deputados federais que, com todas as ajudas de custeio perceberão quase cem mil reais a cada mês - este será o salário dos mensaleiros absolvidos no plenário da câmara; nesta semana envolvi-me em uma discussão sobre um projeto turístico para a Zona da Mata que está sendo visto, por pessoas inteligentes e sábias, como uma apologia à escravidão e como uma perseguição ao povo afro-descendente, uma louvação aos senhores de engenhos. Também um jornalista que matou a ex-namorada com tiros covardes, foi condenado. mas não será preso, ao mesmo tempo em que uma mulher pobre passará quatro anos na cadeia por ter roubado um pote de margarina em um super-mercado. Por outro lado, esta semana se anuncia que o Brasil católico terá o primeiro santo nascido no Brasil, o que não significa muita coisa para os não católicos que já há muitos recebem seus proteotres e encaminhadores das suas vidas. São muitas as tradições.São muitas as tradições que temos a compreender, inclusive a de ter de decorar tantos nomes e teorias racionais, endógenas e exógenas - especialmente essas últimas, pois as últimas, também no sentido de mais recentes, são mais inteligentes, mesmo que não facilmente inteligíveis. Oh! que vida boa, olerê, oh! que vida boa, olará, o estandarte do sanatório geral vai passar. Sei que a frase de Chico Buarque foi escrita em um outro contexto, para celebrar outros loucos. Perdoem a apropriação indevida.

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