segunda-feira, novembro 13, 2006

O ano que muita gente saiu de férias

Que bom que estão cada vez mais comuns filmes sobre a história recente do Brasil. Esses trabalhos auxiliam a sociedade brasileira a refletir sobre ela própria. todos sabemos que o cinema é uma diversão e, também sabemos que podemos aprender enquanto nos divertimos. Foi essa uma da maneiras utilizadas para a expansão do jeito americno de viver.
Ontem assisti O ano em que meus pais saíram de férias, um filme que, embora não seja excelente, é ótimo por vários motivos: auxilia a visualizar como era o ambiente que se vivia no Brasil à época da copa do mundo em 1970/; apresenta a confusão de sentimentos de euforia, temor expectativa e alienação que eram experimentados pelos brasileiros de então; mostra as ansiedades de uma família que se despedaça, acompanha o amadurecimento de um pré-adolescente diante das ocorrências da vida; apresenta a diversidade cultural do Brasil, um bela comunidade judaica no bairro do Bom Retiro, SP; não tem medo de mostrar a violênci pública do estado contra a população; além das belas interpretações de alguns atores desconhecidos. Três minutos de Paulo Autran, uma maravilha.
Filme bom, platéia não muito boa. A sessão na qual eu estava contou coma presença de um grupo de jovens - faixa etária 15 anos- , deu-me a impressão que eles e elas jamais haviam ouvido falar daqueles anos. Para eles tudo o que aparecia na tela era engraçado. E realmente havia algumas cenas engraçadas, quando, por exemplo, o presidente do Diretório Acadêmico diz que se a Tcheco-eslováquia vencer o Brasil será a vitória do socialismo, e logo em seguida grita de alegria com a os gols brasileiros. Vivi cena semelhante no Palácio dos Manguinhos, naquele mesmo jogo., pois haviámos marcado uma reunião de planejamento no horário do jogo. Um beleza de contradilção.
Vamos assistir o filme, que tem uma ótima fotografia e uma música cativante, além de belos e naturais diálogos. Muito interessante a definição de exilado político.

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