domingo, agosto 27, 2006

Ainda Nova Descoberta

Relendo o que escrevi ontem sobre Nova Descoberta dos anos 50, vi que esqueci de mencionar algumas características interessantes. Penso que a antigo terminal de ônibus, ou a Igreja Matriz, servia como divisão do Bairro.
Eu descrevi a parte posterior, a que fica após o Olho dÁgua. na parte que estava já asfaltada, havia alguns pontos como a entrada do Córrego da Imbaúba, local que adentra em direção do Vasco da Gama, impedido pelo Alto das Pedrinhas. Havia ainda dois outros chafarizes: o de seu Paulo e de João Sobrinho, que também era comerciante e era uma referência no bairro.
Esses nomes: Dona Regina, "seu Paulo", Josias, João Careca, seu Artur, eram dos mais antigos habitantes e, dos poucos que colocavam em sua casa uma placa com as lettras TP - terreno próprio. É que toda a Nova Descoberta, e muitas outras partes de Casa Amarela "pertenciam" à família dos Marinhos que cobravam foro para os migrantes que chegavam a ali. Nos anos setenta e oitenta, um movimento ligado às comunidades Eclesiais de Base, que ficou conhecido como o Movimento da Cebola, demonstrou que as terras não pertendiam aos Marinhos. Eles, durante muito tempo cobraram terreno aos pobres da região.

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